segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Você pode fazer a dferença


Relata a Sra. Thompson, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos. Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano. A Sra. Thompson deixou a ficha de Teddy por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tráfico Negreiro


Para tentar solucionar os problemas causados pela mão de obra indígena, a Coroa Portuguesa resolveu incentivar o tráfico de escravos vindos da África. Esse tráfico de escravos era realizado da seguinte forma: os comerciantes saiam de Portugal com alguns produtos como armas de fogo, vinhos, roupas, etc. e levavam esses produtos para a África, trocando-os por negros que eram trazidos para o Brasil. Aqui, os negros eram trocados por dinheiro, algodão e principalmente cana de açúcar, produtos que eram levados para Portugal. Esse sistema, que ficou conhecido como “Comércio Triangular”, fez durante muito tempo a fortuna desses comerciantes, que adquiriram grande poder. Esses comerciantes passaram a pressionar os senhores de engenho da colônia a comprar escravos, independente da necessidade econômica desses senhores, sob a ameaça de não levar seus produtos para serem vendidos, em Portugal.

O Tráfico
Os traficantes de escravos sabiam que era muito comum, após uma guerra entre tribos africanas, a vencedora escravizar a outra. Bastava então aos traficantes tornarem-se amigos dos chefes dessas tribos para conseguirem escravos, tarefa que não era difícil, pois esses chefes gostavam muito das bugigangas trazidas pelos traficantes. Para facilitar o seu trabalho, alguns traficantes jogavam uma tribo contra a outra e esperavam para “colher os frutos”, após a guerra. As condições de viagem nos navios negreiros eram as piores possíveis. Os negros eram acorrentados uns aos outros e levados para os porões dos navios, locais que não possuíam nenhuma higiene. A maneira como eram tratados pelos traficantes também não eram das melhores, pois os escravos passavam dias sem comer nada. Ao chegarem à colônia os negros eram alimentados (para causarem uma boa impressão aos compradores) e levados ao mercado para serem, vendidos aos senhores que os examinavam como se estes fossem animais.

Trabalho Escravo
Os escravos eram utilizados nos mais variados tipos de trabalho: nas lavouras de cana, no engenho, na cozinha, nas minas, etc. o trabalho era muito duro e aquele que não trabalhasses direito ou se recusasse a fazê-lo sofria terríveis castigos como açoites ou a marca de ferro em brasa, da letra “F”, para os negros fugitivos. 

A Luta Contra a Escravidão
Para resistir à escravidão, muitos negros fugiam das senzalas (grande galpão, onde dormiam os escravos) para as florestas. Esses escravos fugitivos formavam aldeias, que eram chamadas de Quilombos. O Quilombo mais conhecido foi o de Palmares, pois foi o que mais resistiu aos seus inimigos brancos. O primeiro a tentar destruir o Quilombo de Palmares foi Fernão de Carrilho, em 1677, mas ele fracassou. Após várias tentativas, todas inúteis, pois o Palmares além de muito populoso tinha como líder, Zumbi, que incentivava os escravos a resistirem, foi contratado Domingos Jorge Velho, bandeirante experiente na caça e destruição de Quilombos. Apesar da resistência, Palmares foi totalmente destruído. Muitos negros suicidaram-se, para não voltar à vida de escravos. Zumbi conseguiu fugir, mas foi encontrado e assassinado. Sua cabeça foi exposta em praça pública para servir como exemplo, em 1694.

Fonte: Manual do Estudante