quinta-feira, 30 de março de 2017

Texto sobre “A Primeira Guerra Mundial e a Revolução: nacionalismos e ideias socialistas”


A unificação alemã e a unificação italiana são fatores importantes para o estabelecimento da Primeira Guerra Mundial, pois aguçou o sentimento nacionalista e a concorrência nos países europeus. A Alemanha em busca de matéria-prima para suas indústrias que estavam em amplo desenvolvimento, seus produtos eram exportados para vários países do globo, além disso, desejava suprimir o avanço das suas concorrentes, Inglaterra e França. A Grã-Bretanha por sua vez queria garantir sua posição privilegiada no mercado e temia o progresso da Alemanha, principalmente sua influência no Oriente Médio, em razão do petróleo existente na região.  A Rússia hostilizava a Alemanha por conta da estrada de ferro que esta construía de Berlim a Bagdá. A Rússia ainda elaborou o pan-eslavismo que propunha a união dos povos de língua eslava sob sua proteção a fim de marcar oposição à Áustria e a Turquia; almejava o controle sobre a região dos Balcãs, e o acesso ao Mediterrâneo. A Áustria queria manter sua hegemonia sobre os tchecos, eslovacos, polacos sérvios. A França entra na guerra por duas razões, enfraquecer o domínio alemão e para reaver a Alsácia-Lorena que perdera na guerra Franco-Prussiana.

Contraditoriamente, Rússia, Grã-Bretanha e França se unem no que conhecemos como Tríplice Entente. Logo o Japão, a Sérvia, a Romênia e a Grécia viriam se unir a elas. De outro lado formou-se a Tríplice Aliança com Alemanha, Áustria e Itália, da mesma forma Albânia e a Bulgária se atrelaram a essas nações. Por interesses próprios, houve alterações na política de alianças durante a guerra, com destaque no caso da Tríplice Entente, para a saída da Rússia em 1917 para iniciar a sua Revolução e a entrada dos EUA para defender seus investimentos.

Os resultados da Primeira Guerra foi de cerca de 9 milhões de mortos e 20 milhões de feridos e mutilados, além dos milhares de órfãos e refugiados e profundo miséria. A entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial trouxe muitos problemas para sua conjuntura política econômica e social. A Rússia era muito extensa e sua população era de aproximadamente 160 milhões de pessoas. O governo estava na mão do czar, seu poder era absoluto. A população era composta em sua maioria por camponeses e vivam no sistema de servidão. Revoltas trouxeram a abolição da servidão, mas não com justiça para esses ex-servos, pois eles não tinham terra, e pagavam pesados impostos. Na tentativa de melhorar sua situação houve um êxodo para as cidades, o que complicou mais ainda a situação, pois a disputa por trabalho aumentou o desemprego. Mesmo com a modernização continuou a desigualdade, o trabalho sem as devidas condições de segurança e os baixos salários, contribuíram para o surgimento de ideais socialistas e anarquistas na Rússia.

Desencadeou-se a Revolução Russa em 1917, a população rejeitou completamente o despotismo do czar Nicolau II, por acreditarem ser ele o responsável pela derrota na Primeira Guerra, a essa população uniu-se o exército czarista. O Palácio do czar foi invadido e ele renuncia, a Rússia se torna União Soviética. A revolução se divida em duas lideranças a Menchevique a Bolchevique sendo a última predominante, sob o comando do Lenin como presidente do Conselho do povo. Lenin propunha uma reforma econômica que consistia na reforma agrária, estatização da economia, nacionalização dos bens e na saída imediata da Rússia da Segunda Guerra Mundial. Depois de sua morte houve uma divisão dos ideais socialistas com Trotsky e Stalin. Stalin obteve maior êxito e implantou um regime autoritário.

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