quarta-feira, 9 de julho de 2014

Tudo que é sólido desmancha no ar - Breve comentário - Introdução, caps. I, II, III.


O autor parte do princípio da modernidade como “turbilhão” que desorganiza e reorganiza a sociedade em suas esferas, ou seja, a modernidade que trabalha a favor e contra, que atua sempre no contraditório. A modernidade se choca com o que somos e por conta disso pode nos transformar. O ambiente humano passa a ser modificado pelas descobertas da ciência e dos avanços tecnológicos que propiciam um olhar mais refinado para questões antes não questionadas como a religião por exemplo. A leitura do momento histórico que começa por volta do século XVI até o fim do século XVIII mostrará que havia entre os indivíduos da época, dificuldade de entender a modernidade e a falta de percepção de que ela estava em andamento. A revolução Francesa ainda no século XVIII como outras vertentes revolucionárias dão o tom para a formulação do conceito de modernismo e modernização.

O Nascimento da Filosofia


O vocábulo "filosofia" é de origem grega, cujo significado é: “amizade pela sabedoria”. O termo philia significa amizade e sophia, sabedoria. Muitas foram as tentativas de fazer um vínculo entre os gregos e o Oriente para descobrir os caminhos percorridos pela Filosofia. Mas segundo o helenista Jean-Pierre Vernant, “nem milagre, nem orientalismo em suas extremidades, definem o surgimento da Filosofia”. De acordo com o autor é evidente a influência dos persas, egípcios, babilônicos, caldeus no que é conhecido por filosofia. Todavia, a filosofia como entendemos hoje, tem seu início no século VI a.C, na Grécia Antiga. Quando a mitologia já não era suficiente para explicar tudo o que acontecia no mundo e sua origem, bem como as respostas sobre a existência do homem. Outros fatores também contribuíram para que o pensamento filosófico aflorasse, tais como:

Os filósofos Gregos e Romanos da Antiguidade


A partir do século VI a.C. a mitologia deixou de ser a única maneira de explicar a origem do homem e do universo. Surge a filosofia, uma nova proposta de analisar os fenômenos naturais e a vida como um todo. A razão e o conhecimento científico são a perspectiva pela qual os grandes pensadores deverão observar o mundo em sua organização. Da observação, as ideias vão tomando forma e das ideias, são elaboradas as teorias que influenciarão gerações. As escolas  sofistas surgiram no século V, eles ensinavam que os cidadãos deveriam estudar e desenvolver espirito crítico, falar bem e desenvolver-se artisticamente, pois assim estariam aptos a exercer cargos políticos, no comércio e atuar no crescimento da comunidade. Entre esses filósofos podemos citar: Górgias, Leontinos e Abdera.

Os filósofos da antiguidade mesopotâmica e egípcia

É impossível falar de filosofia na antiguidade sem falar da religião. A religião pode ser definida como filosofia, porque busca a visão e a interpretação da realidade. É através dessa perspectiva que os povos antigos, metódicos na prática religiosa e também na formulação de crenças e liturgias, irão “olhar” o mundo. As civilizações mesopotâmicas e egípcias se formaram nas proximidades de rios muito importantes. A mesopotâmia, por exemplo, entre os rios Tigre e Eufrates, e o Egito às margens do Nilo. Os povos antigos eram muito ligados a terra e à sua produção agrícola, bem como à criação de animais de corte e leite.