A unificação alemã e a unificação
italiana são fatores importantes para o estabelecimento da Primeira Guerra
Mundial, pois aguçou o sentimento nacionalista e a concorrência nos países
europeus. A Alemanha em busca de matéria-prima para suas indústrias que estavam
em amplo desenvolvimento, seus produtos eram exportados para vários países do
globo, além disso, desejava suprimir o avanço das suas concorrentes, Inglaterra
e França. A Grã-Bretanha por sua vez queria garantir sua posição privilegiada
no mercado e temia o progresso da Alemanha, principalmente sua influência no
Oriente Médio, em razão do petróleo existente na região. A Rússia hostilizava a Alemanha por conta da
estrada de ferro que esta construía de Berlim a Bagdá. A Rússia ainda elaborou
o pan-eslavismo que propunha a união dos povos de língua eslava sob sua
proteção a fim de marcar oposição à Áustria e a Turquia; almejava o controle sobre
a região dos Balcãs, e o acesso ao Mediterrâneo. A Áustria queria manter sua
hegemonia sobre os tchecos, eslovacos, polacos sérvios. A França entra na
guerra por duas razões, enfraquecer o domínio alemão e para reaver a
Alsácia-Lorena que perdera na guerra Franco-Prussiana.
Contraditoriamente, Rússia, Grã-Bretanha
e França se unem no que conhecemos como Tríplice Entente. Logo o Japão, a
Sérvia, a Romênia e a Grécia viriam se unir a elas. De outro lado formou-se a
Tríplice Aliança com Alemanha, Áustria e Itália, da mesma forma Albânia e a
Bulgária se atrelaram a essas nações. Por interesses próprios, houve alterações
na política de alianças durante a guerra, com destaque no caso da Tríplice
Entente, para a saída da Rússia em 1917 para iniciar a sua Revolução e a
entrada dos EUA para defender seus investimentos.
Os resultados da Primeira Guerra foi de
cerca de 9 milhões de mortos e 20 milhões de feridos e mutilados, além dos
milhares de órfãos e refugiados e profundo miséria. A entrada da Rússia na
Primeira Guerra Mundial trouxe muitos problemas para sua conjuntura política
econômica e social. A Rússia era muito extensa e sua população era de
aproximadamente 160 milhões de pessoas. O governo estava na mão do czar, seu
poder era absoluto. A população era composta em sua maioria por camponeses e
vivam no sistema de servidão. Revoltas trouxeram a abolição da servidão, mas
não com justiça para esses ex-servos, pois eles não tinham terra, e pagavam
pesados impostos. Na tentativa de melhorar sua situação houve um êxodo para as
cidades, o que complicou mais ainda a situação, pois a disputa por trabalho
aumentou o desemprego. Mesmo com a modernização continuou a desigualdade, o
trabalho sem as devidas condições de segurança e os baixos salários,
contribuíram para o surgimento de ideais socialistas e anarquistas na Rússia.
Desencadeou-se a Revolução Russa em 1917, a população rejeitou
completamente o despotismo do czar Nicolau II, por acreditarem ser ele o
responsável pela derrota na Primeira Guerra, a essa população uniu-se o
exército czarista. O Palácio do czar foi invadido e ele renuncia, a Rússia se
torna União Soviética. A revolução se divida em duas lideranças a Menchevique a
Bolchevique sendo a última predominante, sob o comando do Lenin como presidente
do Conselho do povo. Lenin propunha uma reforma econômica que consistia na
reforma agrária, estatização da economia, nacionalização dos bens e na saída
imediata da Rússia da Segunda Guerra Mundial. Depois de sua morte houve uma
divisão dos ideais socialistas com Trotsky e Stalin. Stalin obteve maior êxito
e implantou um regime autoritário.